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Projeto prevê participação popular na decisão de candidatar o Brasil para sediar eventos desportivos

O deputado federal Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ) apresentou na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei n°5510/2016, que prevê a participação do Povo na decisão sobre o patrocínio de eventos desportivos de grande porte em território brasileiro, aqueles que impliquem expressivo gasto de recursos públicos, como Copa do Mundo e Olimpíadas.

De acordo com o projeto, a inclusão da população na decisão sobre a realização de eventos desportivos de grande porte seria realizada por meio de plebiscito. “O plebiscito é um importante instrumento de democracia semidireta, pois permite a participação pessoal do cidadão nas decisões políticas, econômicas e financeiras do País, bem como nos programas estatais. O eleitor responde sim ou não a uma pergunta direta, no caso, referente ao seu assentimento ou não com a candidatura do Brasil à sede de eventos desportivos de grande porte e caráter internacional”, explica Sóstenes.

Em sua justificativa, Sóstenes destaca que é de amplo conhecimento que a sede de eventos desportivos de grande porte, como a Copa do Mundo de Futebol em 2014, e as Olimpíadas de 2016, implicam expressivo investimento de recursos públicos, seja nas obras dos estádios ou similares, seja nas obras de infraestrutura.  Em 2014, o Brasil gastou mais de 25 bilhões de reais com a Copa do Mundo de Futebol, e em 2016 sediará os Jogos Olímpicos, cuja previsão de gastos supera esse valor em alguns bilhões.

Sóstenes reconhece que tais eventos impulsionam o fluxo turístico e a economia local, dando visibilidade internacional para as cidades sede dos jogos e para o país anfitrião. Destacou ainda que, há argumentos no sentido de que propiciam um rápido processo de transformação urbana, deixando um legado positivo em termos de infraestrutura, além da melhora dos serviços de telecomunicações e do transporte público, mas pondera: “Já se constatou que, muitas vezes, o fluxo turístico não aumenta de forma significativa a médio e longo prazo, que o balanço final dos custos do evento é frequentemente muito superior à despesa originalmente orçada, deixando rastros negativos nas finanças do país anfitrião, e muitas das áreas construídas para sediar os jogos são subutilizadas…”.

O parlamentar finaliza dizendo: “O que se propõe é abrir aos cidadãos a possibilidade de optar entre sediar tais eventos ou poupar o dinheiro, para que esses recursos possam atender outras necessidades sociais. O povo brasileiro tem ido às ruas e se manifestado sobre as mais diversas questões de âmbito político, econômico e social, demonstrando não apenas força e consciência política, como ainda disposição para o exercício da soberania, que titulariza”.

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